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Residência Sem Estação / Casos de Casas

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Residência Sem Estação / Casos de Casas - Mais Imagens+ 16

Vinaròs, Espanha
  • Arquitetos: Casos de Casas; Casos de Casas
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  361
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2013
  • Fotógrafo
    Fotografias:José Hévia
  • Colaboradores: Ma Eugenia castrillo
  • Desenho Técnico: José María Herás
  • Projeto Arquitetônico: Cesar Villalonga
  • Estrutura: Francisco Fiol
  • Arquitetos Responsáveis: Irene Castrillo Carreira y Mauro Gil-Fournier Esquerra Arquitectos
  • Cidade: Vinaròs
  • País: Espanha
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© José Hévia

Desenha o seu clima para aumentar sua domesticidade

A residência combina uma forma particular de urbanismo que está acontecendo em Vinaroz e em outros lugares da costa de Castellón. A cidade desenvolveu um urbanismo compacto e extensivo, mas ao mesmo tempo, baseado na temporalidade das duas principais estações do ano que assolam a região. São dois tipos de vida no mesmo lugar. Aquela que se organiza em torno do urbano e formal e a que se organiza em um ambiente mais informal e hedonista. No centro acumulam-se torres de moradia e a cidade horizontal elimina a diversidade de hortas frente ao mar, construindo uma urbanidade desprovida de ruas e espaço público derivado do uso intensivo do antigos caminhos, agora afastados para a passagem dos veículos. Neste contexto, as residências utilizadas nos meses calorosos pelos habitantes de Vinaroz ou as residências dos visitantes que vêm do interior fazem com que apareça uma cidade com dupla infraestrutura habitacional.

© José Hévia

A Residência Sem Estação destaca-se a partir deste hábito para considerar uma atmosfera própria, doméstica e adaptável em todas as estações do ano, fazendo dela um dispositivo para a criação de um clima próprio e particular para cada habitante. Uma casa sem exterior, pois todo o exterior é suscetível que aconteça ali dentro.

© José Hévia

Domesticidade ampliada

Isto se amplia ao considerar não somente o desenho de um clima próprio através dos diferentes sistemas elementais de apropriação ou extensão de ar, luz, radiação; mas também os diferentes hábitos domésticos, públicos, íntimos da casa em relação com todos agentes que a ocupam de uma forma temporal com maior ou menor intensidade.

Planta Baixa

O deslocamento da domesticidade do cliente que se divide entre sua prática: vôos, cidades, trabalho, intimidades itinerantes, não permite construir uma domesticidade do dia a dia próxima e localizável. A residência, como ponto de partida, constrói uma domesticidade aumentada. É por isso que a Residência Sem Estação não se habita. São habitadas as práticas e não a casa que permanece como dispositivo em continuidade com os hábitos globais do seu habitante e com a possibilidade de reproduzir outros climas que podem entrar em contradição com os existentes em Vinaroz.

Dentro deste sistema, a residência constrói um grande playground que faz da forte inclinação do terreno, um lugar do qual se pode observar a paisagem sem ser observado com clareza da rua. Neste playground se projeta uma forma de habitar com a paisagem mais indeterminada e multifuncional. As atividades não possuem um lugar específico para desenvolver-se, isto ocorre em função dos aspectos locais, vistas, climas e privacidade, permitindo desenvolver o projeto como uma paisagem de acontecimentos domésticos variáveis em função do desejo, necessidade ou otimização. A atividade pode se expandir ou contrair de uma maneira mais fácil e rápida. Neste lugar é desenhada a "mesa distante" e as "lâmpadas que atraem lulas" como dispositivos de grande escala para a interação do playground.

Planta Baixa

O pavimento superior em duas alturas diferentes cobre o playground conectando-o com as atividades mais privadas. A realidade sobrepõem ambas em um só ambiente contínuo, sem limites. Come-se na parte de cima e dorme-se no sofá. É possível ler no pátio posterior e tomar banho na fachada.

© José Hévia

Um construção global mediterrânea 

O que é a globalização, se não uma residência de chapa ondulada e plástico? Milhões de pessoas vivem sob esta afirmação. Mas este sistema pode ser muito informal ou mais sofisticado e eficiente. A Casa Sem Estações é também uma casa sem lugar, um dispositivo mediterrâneo. O branco, eficiente por questões climáticas e de radiação solar, é também o elemento singular na itinerância do seu habitante. Sua execução: um sistema de construção padronizado e modulado, personalizado para as necessidades concretas da moradia. Construída de dentro para fora, com paredes duplas de policarbonato celular, filtros simples de policarbonato ondulado, chapas metálicas frisadas, vidros de diferentes funções em relação ao clima contíguo a ambos lados do mesmo. Os agro-têxteis dissipam a radiação ou a acumulam. Uma residência aberta e fechada simultaneamente, que transpira onde parece fechada e é hermética onde parede aberta. A residência possui uma estrutura de espera preparada para quando o cliente disponha de um nível maior de eficiência energética.

© José Hévia

O clima é um conformador de espaço espontâneo. Nas cidades, no espaço público, também nas casas. Todos somos arquitetos de interiores dos nossos receptáculos simbólicos, sonoros, espaciais e a residência é um plano de fundo para que eles sejam desenvolvidos. A Residência Sem Estação está nua, quase virgem; o projeto acaba de começar...

© José Hévia

Galeria do Projeto

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Sobre este escritório
Cita: "Residência Sem Estação / Casos de Casas" [Seasonless House / Casos de Casas] 08 Fev 2015. ArchDaily Brasil. Acessado 23 Dez 2024. <https://www.archdaily.com.br/br/761418/residencia-sem-estacao-casos-de-casas> ISSN 0719-8906

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